
Enquanto parlamentares da oposição se movimentam para fazer um ‘superpedido’ de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF, em função do escândalo da Vaza Toga, os deputados do PT preferiram defender o magistrado acusado de adotar ações “fora do rito” do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para abastecer o inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal.
No X, a presidente nacional do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), reclamou da Folha de S.Paulo, jornal responsável por divulgar as mensagens trocadas entre os assessores de Moraes, dizendo que a campanha do jornal só serve “a esses golpistas”, referindo-se a Jair Bolsonaro e seus apoiadores.
“Como presidente do TSE o ministro Alexandre de Moraes atuou para coibir crimes eleitorais e garantir a lisura do pleito de 2022. Como relator dos inquéritos das milícias digitais e das fake news no STF, atuou contra quadrilhas bolsonaristas que tentaram fraudar as eleições. O mesmo ministro, exercendo as duas missões simultaneamente, em defesa da legalidade e da democracia. ‘Fora do rito’, de qualquer rito, estavam Bolsonaro e seus cúmplices, mentindo sobre o processo eleitoral, ameaçando as instituições e urdindo um golpe contra a posse de Lula, o eleito. É a esses golpistas que serve a campanha desencadeada pela Folha contra o ministro Alexandre de Moraes e o STF, quando se aproxima o momento em que Bolsonaro terá de enfrentar a Justiça pelos crimes que cometeu.”
Além de Gleisi Hoffmann, outros parlamentares do PT como o deputado Lindebrgh Farias, Zeca Dirceu e o ministro do desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, se manifestaram em defesa da atuação de Alexandre de Morais.
Abuso de poder
Apesar de os parlamentares do PT tentarem minimizar a denúncia, as mensagens publicadas pelo jornal indicam que o gabinete de Moraes utilizava um tribunal superior para produzir relatórios direcionados contra ativistas e veículos simpatizantes de um grupo político, com base em pedidos informais de outro tribunal superior.
*Com informações de O Antagonista