A senadora Zenaide Maia(PSD) tem demonstrado descontentamento com as conversas e articulações políticas envolvendo alguns aliados, excluindo do jogo político para as eleições de 2026. Supostamente, um desses nomes é o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra(UB).
Nas últimas semanas, o “flerte” e os acenos de Allyson com setores da direita, mais especificamente falando, os senadores Styvenson e Rogério Marinho, não agradou em nada Zenaide Maia.
A senadora do PSD não tem escondido de ninguém que será candidata a reeleição em 2026. Para alcançar esse feito, ela irá concorrer com outros três nomes fortes que também já demonstraram interesses na mesma disputa. São ele: Senador Styvenson Valentim(PSDB), também candidato a reeleição, Fátima Bezerra(PT), atual governador e que pretende voltar para o Senado e o ex-prefeito de Natal, Alvaro Dias(Republicanos).
Na composição liderada pelo PL, leia-se o espectro de direita, Styvenson é nome certo como candidato a reeleição. Ficando a outra vaga para Alvaro Dias, teoricamente. Nessa conjuntura, Rogério Marinho(PL) seria candidato ao governo do estado.
Caso Rogério não seja candidato ao governo, o nome mais especulado seria o de Allyson Bezerra, prefeito de Mossoró. Mantendo-se as duas candidaturas pro Senado com Alvaro e Styvenson.
O recado de Zenaide
Zenaide Maia admitiu a possibilidade de uma nova aliança com a governadora Fátima Bezerra (PT) nas eleições de 2026, apesar de divergências recentes entre os partidos. Ela minimizou os desentendimentos recentes, como na disputa em São Gonçalo do Amarante, classificando-os como episódios isolados, e reforçou o respeito e a parceria institucional com a petista.
Na prática significa um “distanciamento” de Allyson Bezerra, pretenso candidato ao governo do estado. Allyson e Fátima não tem diálogo, nem institucional, muito menos político. O PT tem sido adversário de Allyson em todas as disputas. No entanto, alguns “espectadores” da cena política acreditam que tudo pode acontecer até lá, inclusive, a “mistura da água com o vinho”, ou seja, um acordo que viabilize as candidaturas de Allyson para o governo, Zenaide e Fátima para o Senado, todas em um mesmo grupo. O que mais mais difícil e complexo para o leitor e eleitor entender.
Acreditando que o improvável não vai acontecer, ou seja, Allyson, Fátima e Zenadide em um só palanque, dá pra imaginar que esse recado de Zenaide não é jogo de cena. Ela sabe da necessidade com a qual precisar agir e tomar posições rápidas.
De uma coisa o leitor pode ter certeza, entre os quatro nomes que pretende a eleição para o Senado, apenas dois conseguiram.
Allyson Bezerra
Como a única disputa que lhe interessa é o governo do estado, o prefeito de Mossoró, reeleito recentemente, sabe que pra o lado que for, terá um peso decisivo e para isso, não precisa ter muita pressa para decidir. Allyson segue sendo desejado e cortejado por todos, ou melhor, quase todos e ainda que não seja candidato a nenhum cargo, poderá concluir o seu segundo mandato de prefeito da maior cidade do interior do estado.
Pesam a favor de uma candidatura ao governo pro Allyson Bezerra o fato de pertencer a um grande partido, União Brasil, comando por um grande estrategista político, o ex-governador e ex-senador José Agripino. Atualmente, o União Brasil comanda os dois maiores municípios do estado, Natal e Mossoró, além de representação na câmara federal e vários nomes na assembleia legislativa.
Possíveis cenários
Rogério Marinho sendo candidato ao governo, a composição para o Senado seria formada por Styvenson Valentim e Alvaro Dias. Caso Rogério não seja candidato, o nome mais cotado para esse cargo seria Allyson Bezerra, mantendo os dois nomes para o Senado. Em um terceiro cenário, caso Allyson não seja o candidato, Alvaro Dias seria o nome da vez para o governo.
Pelo lado governista, o nome para disputar o governo estadual ainda é a maior dificuldade do grupo. O vice governado Walter Alves(MDB), dificilmente aceitará essa condição. “Waltinho” prefere algo mais tranquilo. Uma eleição para a Assembleia legislativa ou a câmara federal seria o caminho mais provável.
O nome do deputado Ezequiel Ferreira para o governo, é uma jogada ensaiada. Ezequiel nem sonha com essa possibilidade. Sabe que terá uma reeleição teoricamente tranquila permanecendo na assembleia legislativa.
De certo mesmo o grupo sabe que tem o nome da governadora Fátima Bezerra(PT) para o Senado. Caso Zenaide Maia some a esse projeto, é pouco provável que ambas consigam as suas eleições. Nesse contexto, o nome de Allyson Bezerra seria muito bem vindo, porém, o receio de um desgaste com a ala mais radical do PT, poderia trazer maiores desgastes para Allyson assim como para Fátima Bezerra.
E se nenhum dos dois cenários for viabilizados, um terceiro possível seria a união de Allyson e Zenaide. Nessa composição, há quem acredite que seria bem mais viável. Seria um chapa “mais leve”, com baixa rejeição. Essa composição cntaria com a estrutura e o apoio do União Brasil e do PSD de Zenaide.
Atualmente, o PSD comanda vários e importantes municípios do interior do estado como Pau do Ferros no alto oeste, S. Gonsalo do Amarante, Touros, Ceará-mirim e S. José do Mipibu, ambas na região metropolitana e Baraúna.
Apesar da possibilidade, poucos acreditam que possa ser concretizada. Por conheceremos os protagonistas da política estadual, muito dificilmente teria “espaço” para uma disputa com três chapas de grande envergadura disputados cargos majoritários.
Todos os cenários da atualidade são muito favoráveis para uma candidatura de Allyson Bezerra ao governo. Enquanto isso, Fátima Bezerra e Zenaide Maia, precisam viabilizar nomes que possam ajudar a projetar suas candidaturas, inclusive, esse feito é algo que o PT vem tentando construir desde o final das eleições de 2024.
Em fim, o “recado” da senadora Zenaide Maia não assusta e nem chega a preocupar Allyson Bezerra.
