
Aliados de Lula acreditam que a posição do líder do governo foi decisiva para que a PEC do STF fosse aprovada pelo Senado
Integrantes do Palácio do Planalto alegam que foram surpreendidos com o voto do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita as decisões monocráticas de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Oficialmente, o governo liberou os partidos da base governista para votar como quisessem, mas o PT orientou voto contra a aprovação.
A avaliação interna entre os aliados do presidente Lula é de que o movimento de Wagner foi decisivo para virar votos entre outros senadores da base governista. Além disso, os governistas acreditam que a aprovação da PEC reforça o discurso “bolsonarista” e prejudica a relação do Planalto com o STF, principalmente pelo cargo de liderança que o petista ocupa.
Publicamente, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o voto do senador foi “pessoal”. “Ele deu um voto pessoal, assim como os outros senadores deram seus votos pessoais”, afirmou o ministro em entrevista à GloboNews, na noite da quarta-feira, 22.
A matéria foi aprovada com 52 votos favoráveis, três a mais do que o necessário. À exceção de Wagner, todos os petistas votaram contra a proposta.
STF
O voto de Wagner também não pegou bem no STF. Integrantes do tribunal se sentiram traídos, tanto líder do governo quanto pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A expectativa no Supremo era de que a proposta fosse apenas pautada, mas não votada e aprovada.
O Antagonista