Mais alguém tem dúvida quanto a uma negociação de “cavalheiros” costurando o resultado das eleições estaduais no Rio Grande do Norte? Certamente todos dirão que sim!
E se esse “acordo” envolvesse setores da situação, o que dizer, muito estranho?
Pois é justamente sobre as articulações em curso e outras conversas já realizadas entre integrantes do atual governo da professora Fátima Bezerra(PT) e setores ligados a oposição, propriamente falando, ligados ao União Brasil.
Como é de conhecimento de quase todos que acompanham a política regional, o PT tem apresentado o nome do secretário de tributação Carlos Eduardo Xavier como pré-candidato ao governo do estado. Nessa mesma composição, a governadora Fátima Bezerra seria candidata ao Senado e um terceiro nome fecharia a composição majoritária do agrupamento.
O União Brasil, comandado no estado pelo o ex-senador José Agripino, tem hoje lançado como pré-candidato ao governo o nome do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra. O União Brasil tem afirmado através de Agripino que nenhum um nome está confirmado, nem o nome de Allyson e que segue em conversas com todos os partidos. No entanto, Allyson tem afirmado uma parceira irrestrita com o projeto de reeleição da senadora Zenaide Maia(PSD), independente de qual for o resultado das escolhas. Zenaide que apesar de um leve distanciamento do governo, é aliada de primeira hora do PT e de Fátima Bezerra, apesar de não estarem discutindo juntas o projeto das próximas eleições.
Nessa segunda composição, teoricamente Allyson seria o nome para o governo pelo UB enquanto Zenaide Maia concorreria ao Senado pelo PSD. Um terceiro nome ainda a ser discutido fecharia a chapa para a majoritária.
Estranhamente, as andanças e conversas transadas por Allyson Bezerra nos últimos meses tem sido em redutos eleitorais com apoio já declarados a eleição de Fátima Bezerra ao Senado isso sem levar em consideração os vários nomes de esquerda que compõem o governo Allyson Bezerra em Mossoró
Agripino assim com Allyson tem descartado qualquer conversa de aproximação com interesse de está no mesmo palanque que Fátima em 2026. Por outro lado, a ordem dada aos governistas é de maneirar os ataques, sobretudo em Mossoró em relação a administração Allyson Bezerra. Estranho, não acham?
A leitura que o governismo está fazendo é de incapacidade de eleição ao governo com o nome e potencialidades disponíveis e que na atual conjuntura, o objetivo principal seria a eleição de Fátima ao Senado e se possível, impedir a eleição de um “bolsonarista raiz” para o governo.
O governismo ainda acredita em “regeneração” de Allyson, chamado de farsista, em várias oportunidade pela esquerda radical.
A verdade que mais parece é a de que Fátima e a esquerda poderão ser o plano B de Allyson e que Allyson Bezerra poderá ser o plano B de Fátima. Isso mesmo! Só de Fátima.
No momento, o PT(radical) não admitem e nem imagina qualquer conversa que venha a ter uma convergência com o nome do prefeito de Mossoró e Fátima Bezerra, sabedora desse desafio e conhecendo como tal o seu partido, saberá o momento certo de colocar as cartas na mesa e partir para a negociação.
O detalhe é que Allyson não tem segurança e a garantia necessária de que terá a legenda do União Brasil para disputar o governo. Por outro lado, Fátima é sabedora de que o seu palanque não lhe dar garantias suficiente para uma eleição ao Senado em 2026. Logo, o PT teria factualmente um nome ao governo para garantir a legenda aos seus candidatos nas disputas proporcionais e por outro lado votaria em outro desde que não atrapalhe os planos de Fátima Bezerra que supostamente faria dobradinha com Zenaide para o Senado com o apoio de Allyson.
Por entender e perceber as entranhas e o jogo político, muito provavelmente, Agripino tem olhado “atravessado” para Allyson, não deixando-o à vontade e tão pouco falar pelo partido.
É o jogo da política estadual onde os opostos e antagônicos, pra não dizer oportunistas, podem se unir, estarem juntos na busca de seus próprios interesses.
