
Com a interdição do estádio municipal Leonardo Nogueira, ocorrido desde fevereiro, Potiguar e Baraúnas ainda não sabem onde mandar os seus jogos na próxima temporada. A única certeza que os clubes tem é que não jogarão em solo mossoroense.
O estádio “Nogueirão” que pertence ao município, não tem qualquer previsão quanto aos serviços de recuperação com reforma estrutural da parte física e do gramado.
A municipalidade tem apresentado uma proposta ainda sem detalhes sobre o interesse em construir um novo estádio para o município, porém, esse projeto teria que passar antes pela aprovação da Câmara municipal, esta por sua vez afirma através de sua mesa diretora que ainda não recebeu nenhum projeto.
A ausência de um projeto, responsabilidade do município, inviabiliza qualquer interesse privado que possa surgir para um processo de permuta e tampouco os requisitos básicos e necessários que deverão conter no imóvel para a abertura da nova praça esportiva.
Segundo informações já reveladas pela própria gestão municipal, a construção do novo estádio seria viabilizado através de uma permuta onde envolveria a área onde localiza-se o estádio “Nogueirão”, porém, sem projeto e a sua consequente aprovação pela Câmara, o público torcedor mossoroense tem a certeza de que não irão acompanhar os seus clubes na próxima temporada.
Confira o vídeo abaixo:
Contatos feitos pelo BLOG com especialistas em engenharia civil, o processo de construção de um estádio que atenda as necessidades de público para 15 mil pessoas, demandaria algo em torno 18 meses.
Projetos, licenciamentos e todo o tramite burocrático também são pontos que podem aumentar o tempo de execução do serviço de construção de um novo estádio para o município.
Descontentes com o tratamento dado pela gestão municipal ao estádio e o consequente interesse em permutar o imóvel com a iniciativa privada, desportistas, clubes e a Liga Desportiva Mossoroense (LDM), tentam reverter o processo de municipalização do estádio.
Segundo levantamento de dados e informações repassadas ao BLOG, o processo de municipalização do estado teria ocorrido a revelia da LDM, detentora do estádio e principal parte interessada no processo. Falsas assinaturas, procurações ilegais e documentação cartorial irregular além de outros supostos crimes de falsidade ideológica teriam sido encontrados na documentação, fazendo com que a LDM entrassem com uma ação pedindo a devolução do imóvel.
Notificação
A cerca de 20 dias, a justiça vem tentando notificar a municipalidade para que apresente alegações quanto as denúncias em audiência a ser realizada, denúncias que provocaram o pedido de revogação da municipalização do estádio.
A partir do despacho da justiça, ocorrido ainda no mês de setembro, o juiz havia dado um prazo de cinco dias para que a gestão municipal se manifestasse sobre o processo e as denúncias do caso.
Um suposto problema administrativo no sistema de informação da justiça teria impedido a notificação da gestão municipal. O BML tentou um contato com o oficial responsável pela notificação sobre as causas e porque a prefeitura de Mossoró ainda não teria sido notificada e este não respondeu.
Liminar
Um pedido de liminar foi impetrado para que a administração aconteça antes que o mérito do processo seja julgado sob pena de penalizar os clubes e o consequente interesse público.
A Liga Desportiva Mossoroense (LDM) também pede indenizações por reparação de danos em razão da deterioração da estrutura do estádio, por consequência do município não ter realizado qualquer serviço de manutenção, material em razão da não obtenção de receitas durante todo o período em que o município utilizou o imóvel sem o repasse de qualquer remuneração a entidade, além da ausência de arrecadação com outras atividades como jogos oficiais e eventos sociais realizados no local.
Administração
Setores da iniciativa privada, empresas, LDM e clubes admitem ter condições de administrar a praça esportiva, realizando os serviços estruturais necessários para a reabertura do estádio para o público durante os jogos dos clubes mossoroense.
Prejuízos
Sem a utilização do estádio Nogueirão, sede dos jogos oficiais de Baraúnas e Potiguar, os dirigentes admitem que cada um dos clubes terão um prejuízo de cerca de R$ 200 mil na próxima temporada.
Tanto Potiguar como Baraúnas não terão qualquer receita com arrecadação de bilheteria, representando uma queda significativa de cerca de 50% da arrecadação. Somado a esse fato, as equipes terão que mandar os seus jogos fora da cidade de Mossoró, em cidade ainda não definido, gerando mais despesas para os clubes.
A avaliação dos dirigentes é de que a temporada 2025 será uma das mais desafiadoras sobre todos os pontos de vista para os clubes de futebol da cidade de Mossoró.
Matéria em atualização..