
A recentes mudanças feitas por algumas figuras tidas como de direita na política do estado e no país, demonstraram o grau de fragilidade de alguns e o desespero de outros, na busca de um alinhamento que busca tão somente espaços no atual governo do presidente Lula.
Dois claros exemplos desse desespero foi a mudança de posição do prefeito de Natal, Álvaro Dias e ala direitista do PP, comandada nocionalmente pelo senador Ciro Nogueira e a nível de estado pelo deputado federal Joao Maia, eterno governista.
O PP ainda não fez nenhum anúncio oficial assim como o próprio governo. No entanto, pelos nomes que compõe o partido e o seu comportamento onde esteve presente em todos os governo, desde FHC, esse desembarque é esperado a qualquer momento.
Em se consumando o fato, cai por terra o discurso da ala bolsonarista dentro do PP como o próprio Ciro Nogueira, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro, assim como também mancha de algumas figuras da política regional como o deputado João Maia, eleito pelo PL de Bolsonaro, assim como outros nomes, exemplos de Beto Rosado, dentre outros.
Essas mudanças podem ser justificadas como naturais, necessárias para acomodação de aliados e sobrevivência política. No entanto, o clima de acirramento ideológico que se instalou no país desde as eleições de 2018, já é um grande indício de que alguns nomes não sobreviveram ao próximo embate eleitoral que será decidido com o resultado das urnas. Estão dispostos a cobrarem a “fatura” de quem teve comportamento distinto do que havia difundido junto ao eleitoral. Muitos até já ignoram as mobilizações populares e o sentimento que provocaram o ressurgimento do conservadorismo no país.
Pelo que se pode notar no cenário político atual, penas um partido tem segurado a bandeira da direita nacional, do conservadorismo propriamente dito, o PL. Nem o União Brasil, ex-PSL que é o partido que elegeu Bolsonaro em 2018 segue com os mesmo objetivos políticos. O União Brasil além de aliado, tem vários cargos de primeiro escalão como os ministérios de Comunicações, Turismo e Integração e Desenvolvimento Regional.
Com esse espectro, percebe-se que o PL buscará manter esse “mantra” na certeza de que a direita reconquistará o poder nas próximas eleições presidenciais.
As eleições 2024 podem ser mais um divisor para a política nacional que terá o seu momento crítico dois anos depois com a disputa nacional onde grandes figuras da atualidade poderão passar a coadjuvantes e estes por sua vez a protagonista.