No sertão, no período do segundo semestre, não ocorrem chuvas suficientes para a recarga dos mananciais
O ano de 2025 teve chuvas abaixo da média esperada no Estado e a orientação é de cuidar da água. Boa parte do Rio Grande do Norte está na região semiárida, o que reforça a importância da população fazer uso consciente. Dados do Instituto de Gestão de Águas do Rio Grande do Norte (IGARN) mostram que o Estado está com volume de 45,72% em suas reservas hídricas e estes números tendem a cair. Para se ter uma ideia, no final de janeiro deste ano, os reservatórios acumulavam 61,34%, ou seja, o volume de água vem diminuindo consideravelmente.
Os dados da Caern mostram que algumas cidades já estão com situação delicada em relação à água. Na região do Seridó são: Ouro Branco, São José do Seridó, São João do Sabugi, Jardim do Seridó, Parelhas, Equador e Carnaúba dos Dantas que estão com redução em seus mananciais. Em Ouro Branco foi suspenso o faturamento para imóveis, pois a cidade está em colapso parcial de abastecimento.
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Açude Itans em Caicó continua em colapso – Foto: Divulgação
Já no Alto Oeste, o município de Luís Gomes teve o abastecimento suspenso após o açude Lulu Pinto não ter mais água suficiente. Até o final de setembro deve entrar em operação no município o subsistema da Adutora Alto Oeste, permitindo a retomada do envio de água. A ativação do sistema Alto Oeste também reforçará o envio de água para Riacho de Santana e Água Nova, outras duas cidades em situação de atenção em relação ao abastecimento.
Normalmente, os segundos semestres não costumam ocorrer precipitações, o que acende o alerta de cuidados com a água disponível. No segundo semestre o envio de água continua o mesmo e até diminuí em algumas regiões, mas o aumento das temperaturas eleva a necessidade de uso pela população.
Consertar torneiras e descargas quebradas, avaliar o consumo sempre conferindo o hidrômetro e até mesmo controlando tempo de banho e ao escovar os dentes são ações que ajudam não só em reduzir o consumo, mas como colaborar para enfrentar o período de ausência de chuvas no semiárido.
