
O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), leu nesta terça-feira (17/6) o requerimento que permite a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar descontos irregulares em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O esquema foi revelado pelo Metrópoles.
O requerimento foi apresentado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), pela deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT) e outros parlamentares. Alcolumbre solicitou que os líderes “indiquem os nomes dos membros dos partidos e blocos” que vão integrar a CPMI.
Por se tratar de uma CPMI, composta por deputados federais e senadores, o requerimento precisava ser lido em sessão conjunta do Congresso.
Realizada nesta terça, a sessão também apreciou uma série de vetos presidenciais e foi realizada de forma semipresencial, uma vez que ocorre na semana do feriado de Corpus Christi, na quinta-feira (19/6).
Mais de 3 mil servidores do INSS tinham acesso aos dados dos aposentados
As investigações da Farra do INSS revelaram que 3 mil servidores tinham acesso a dados sensíveis de aposentados e pensionistas, o que pode explicar o vazamento de informações para sindicatos e instituições financeiras.
O Sistema Único de Informações de Benefícios (Suibe) reúne diversos dados, como nome, CPF, telefone, tipo de benefício (aposentadoria, pensão, salário-maternidade, benefício de prestação continuada) e valor da quantia recebida de aposentadoria.
Segundo foi apurado a primeira reação no governo foi de incredulidade. A segunda foi uma ordem para bloquear as senhas e limitar o acesso a apenas seis pessoas.
A Farra do INSS foi revelada pelo Metrópoles. Aposentados tiveram descontos ilegais nos seus benefícios por entidades e sindicatos como se tivessem consentido. O desconto era feito pelo INSS a partir de listas indicadas pelas entidades.
O escândalo derrubou Carlos Lupi, então ministro da Previdência, e a cúpula do INSS. O presidente Lula afirma que o esquema começou no governo Jair Bolsonaro e que a gestão petista foi quem o desbaratou. Até o momento, contudo, nenhum dos alvos das investigações é do governo passado.
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