
Conforme o BLOG já havia antecipado em matéria publicada semana passada, o vice governador Walter Alves admitiu em recente entrevista ao Diário do RN, que não disputará o governo do estado em 2026.
“Realmente, não vou disputar a reeleição. Devo ficar no Governo até o final. O projeto é fortalecer o MDB para 2026”, disse Walter Alves.
Antes de tomar a decisão por Carlos Eduardo Xavier (PT), secretário de Estado da Fazenda do RN, como candidato a governador pela chapa governista, o PT buscou confirmar o nome do vice-governador Walter Alves para a disputa. O partido entendia que o nome do filho de Garibaldi Alves, presidente no RN do maior partido do Brasil e do Rio Grande do Norte, com 45 prefeituras, parceiro de Ezequiel Ferreira (PSDB) e que deverá assumir o cargo de governador em abril de 2026, após a renúncia de Fátima Bezerra (PT), deveria ser o candidato natural ao Governo do RN.
Apesar de duas reuniões para ratificar a disponibilidade de Walter à disputa, o vice-governador entendeu que não, não quer estender sua permanência como chefe do Executivo estadual por mais tempo que os meses em que assumirá após a saída de Fátima para se candidatar a senadora, na atual gestão. Walter tem outros planos.
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Os planos do político, segundo ele próprio é fortalecer o MDB para 2026, afirmou durante a entrevista.
Questionado sobre o nome de Cadu Xavier para disputar a eleição ao Executivo Estadual pelo sistema governista, Walter concorda. “Acho Cadu um bom nome, um técnico competente”, disse.
Após se certificar sobre os projetos de Walter Alves, o PT coloca o nome de Cadu Xavier com a garantia de respaldo do MDB, com base fortalecida no Estado. O nome de Carlos Eduardo Xavier surge como um plano B, embora o PT reconheça nele a mesma importância, pelo currículo técnico e perfil de fidelidade ao Governo do secretário estadual da Fazenda.
Walter deverá assumir o governo no primeiro trimestre de 2026, buscar, talvez viabilizar uma candidatura a Assembleia estadual ou até voltar a Câmara federal, dependendo da conjuntura política.
A espera por Ezequiel Ferreira, se dá em razão da iminente saída do presidente da Assembleia do seu atual partido, o PSDB. Caso isso ocorra, o caminho natural seria o seu retorno ao MDB, concretizando assim uma dobradinha entre os dois políticos, pois Ezequiel tem planos semelhantes aos de Walter e ambos admitem negociar entre si em nome de uma eleição favorável a ambos.
PT
A iniciativa do PT em “queimar” na largada parece ter produzido bons efeitos para o Partido nesse primeiro momento. O nome de Cadu Xavier se tornou quase que uma unanimidade dentro do partido e ao mesmo tempo, preenche uma lacuna que já vinha preocupando setores do partido havia algum tempo.
Agora, o Partido precisa negociar a composição da sua majoritária, um nome que possa agregar ao nome de Cadu (Carlos Eduardo Xavier) para a disputa do governo estadual.