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PT e governo divergem sobre Nota

In Mundo
julho 31, 2024

A nota do PT sobre as eleições na Venezuela está provocando polêmica interna no partido. Petistas ouvidos pela coluna estão reclamando de “precipitação” e “falta de debate”.

Segundo diferentes fontes do partido, a nota foi colocada para votação tarde da noite de ontem e muitos nem souberam —ela foi publicada por volta das 23h. Também não houve discussão ampla da Executiva Nacional, o que seria recomendável dada a delicadeza do tema.

Procurada pela coluna, Gleisi Hoffmann, presidente do PT, disse que “a nota foi aprovada por unanimidade na Executiva Nacional”. Glesi afirma que houve uma reunião da Executiva à tarde e a nota foi votada à noite. “Se alguém não participa é difícil ficar sabendo”.

Nesta terça-feira, membros do diretório nacional discutiam que, na avaliação deles, ainda não há evidências concretas de fraude por Nicolás Maduro, mas o mais prudente seria aguardar a divulgação das atas das zonas eleitorais e o posicionamento final do assessor especial da Presidência, Celso Amorim.

O deputado federal Reginaldo Lopes, vice-líder do governo Lula, publicou em suas redes sociais que “um governo verdadeiramente democrático convive com críticas, questionamentos e oposição organizada. A atuação de Maduro na Venezuela é a postura de um ditador”. A publicação foi feita horas antes da divulgação da nota do partido.

A nota do PT classificou a eleição na Venezuela como “democrática e soberana”. “Temos a certeza de que o Conselho Nacional Eleitoral, que apontou a vitória do presidente Nicolás Maduro, dará tratamento respeitoso para todos os recursos que receba, nos prazos e nos termos previstos na Constituição da República Bolivariana da Venezuela”, diz a nota.

O posicionamento do partido é muito mais favorável a Maduro do que o tom adotado pelo governo Lula. O Itamaraty pediu que a autoridade eleitoral da Venezuela libere as atas por seção e disse que os documentos são fundamentais para a legitimidade do pleito.

Deputados do PT acreditam que ainda é possível alterar a posição caso surjam evidências concretas de fraude no processo eleitoral ou se o governo Lula tiver uma postura mais contundente de crítica a Maduro.

Raquel Landim – UOL

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Marcel de Lima, é Jornalista e publicitário. Graduado em marketing e pós-graduado em Jornalismo. Atuações em assessoria de imprensa, diretor de criação, redator e editor de notícia, apresentador e comentarista em emissoras de rádios e televisão.