
Depois de um ano incrível, 2022, quando esteve treinando o time do ABC FC, no início de 2023 “cogitava-se” até a construção de uma busto para homenagear o profissional e o seu belo trabalho à frente do time do mais querido. Fernando Marchiori era um mago, um expert e muitos acreditavam que realmente ele era um “bruxo” e que tudo podia enquanto fosse treinador do ABC.
Veio a temporada 2024, com ela, veio também várias exigências do treinador de que não queria jogador esse, que o clube não precisava renovar contrato com aquele, não reconhecendo o trabalho de muitos profissionais que foram responsáveis pelos seguidos acessos do clube nos últimos anos. Marchiori tinha um grupo, um grupo seu, de jogadores que ele dizia acreditar e o ABC deveria contratar por que ali estava a receita para uma boa campanha na série B do brasileirão. Antes disso, o treinador esqueceu de que precisava vencer o Campeonato Potiguar e que essa conquista garantiria receitas para o clube e elevaria a moral da equipe. O treinador fez pouco caso, agora era top, um treinador foda e o título do campeonato estadual era coisa que o ABC não precisaria mais ter na sua coleção, o negócio agora era a elite do brasileirão. Indicou uma “carrada” de jogadores, muitos deles, bem sucedidos, foram destaques em grandes campeonatos regionais com o Paulistão. O ABC contrata vários dos atletas vice-campeão paulista pelo time do Água Santa e de outros clubes do futebol de outros estados.
Com início da Série B o treinador Fernando Marchiori percebia que o seu reportório de mágicas estava desatualizado e que os guardiães que antes fizeram enorme sacrifício para gozar daquele momento já não estava mais com ele, ele mesmo os havia desprestigiados. A turma de agora queria bons salários, curtição e pouco trabalho. Resultado, um fracasso após o outro, iniciando pela péssima estréia contra de derrota com a equipe do Londrina-PR seguida por outros insucessos que culminaria com a sua demissão do time alvinegro de ponta negra que viria após a 6ª rodada da competição quando o ABC já era lanterna da competição sem qualquer estratégia de jogo e poder de reação em razão das poucos variações táticas que o previsível treinador sempre costumava usar em suas escalações.
Semanas depois dessa passagem polêmica pelo ABC, veio a sua contratação pelo Nautico-PE, onde o treinador tentou fazer o mesmo com os dirigentes, criando desafeto com jogadores e tentando emplacar contratações no elenco rubro. Resuldado, péssimos jogos com sequência de derrotas que precisaram de uma intervenção urgente e a tempo. Mais uma passagens tumultuada nesta temporada. Por fim, o treinador assume o Sampaio Corrêa na 28ª rodada da série B, disputando 7 jogos com 2 vitória, 2 empates e 3 derrotas, obtendo apenas 38% de aproveitamento e o pior, deixando o time a beira da cova. Atualmente o Sampaio Correia é o 15º colocado, estando a um ponto da zona de rebaixamento após derrota para o Criciúma-SC. Percebendo o perigo, já pediu desligamento, pulou fora antes.
A “aventura” do treinador por solos nordestinos parece ter sido bom sob a ótica financeira, também ganhou destaque, visibilidade. Porém para os clubes, o treinador foi um “cupim”. Construiu e destruiu projetos e reputações, inclusive a sua, diante de algumas das várias torcidas de clubes que esteve a serviço nesta temporada.