
Pelo menos três contratos celebrados pela prefeita do município de Paraú, Maria Olímpio, estão dando muito a falar pela população dado o delicado momento que vive os pequenos municípios como Paraú que não possuem arrecadação própria. O município de população estimada em 3.750 habitantes, vive basicamente da agricultura e pecuária de subsistência, sem formalidade na geração de renda para os seus munícipes que depende quase que na totalidade dos repasses do FPM e outros programas conveniados com o estado e união.
Porém, a estrutura disponível que possui o município tem sido suficiente para a tender os seus moradores que ainda pautam a construção de um hospital maternidade no município. No entanto, para a surpresa da maior parte da administração municipal, alguns contratos celebrados pela gestão tem elevado o grau de preocupação das pessoas moradores de Paraú. Um deles é a construção da nova sede da prefeitura municipal, orçado em mais de R$ 705 mil.

Muitos moradores acreditam que esses recursos poderiam ser melhor aproveitados se investidos em áreas como educação, saúde e profissionalização de jovens e adultos do município, preparando-os para o mercado de trabalho que é bastante escasso na região.
Na justificativa para a contratação da obra, a gestão municipal alega a necessidade de ter que oferecer conforto aos servidores e aos visitantes.


Além desse, vários outros contatos de menor valor, porém visto sob suspeita estão publicados no portal da transparência municipal como a contratação de empresa de recarga e manutenção de extintores dos imóveis onde funciona a estrutura do município. Por esse serviços o município irá gastar mais de R$ 170 mil reais.
Em um outro contrato estabelecido entre município e empresa prestadora, esta cobrará R$ 20 mil reais pelo período de 4 meses para a realização de serviços de recargas de toners e cartuchos em impressoras.

São quase R$ 1 milhão emprenhados em contratos cujo valores, transcendem a necessidade causando curiosidade pelo valor e relação serviço entregue em um município tão pobre e desprovido de recursos como a cidade de Paraú.
Histórico
Em um passado muito recente, em 2021, administrações do município foram alvo de ações do GAECO/MP através da operação Sujeito Oculto, que teve como objetivo apurar um suposto esquema de desvio de dinheiro público no âmbito da Prefeitura do município.
A operação investiga os delitos de estelionato contra a administração pública, peculato, contratação direta indevida, associação criminosa, desobediência à decisão judicial sobre suspensão de direito e lavagem de dinheiro com mandados sendo cumpridos na sede da Prefeitura municipal; nas Secretarias de Educação, de Agricultura e Pesca, de Saúde, de Assistência Social, e de Obras, Urbanismo e Transporte; em um posto de combustíveis; na sede de uma construtora e ainda nas residências dos investigados.
Na época o principal alvo das investigações era a licitação da Prefeitura de Paraú para aquisição de combustíveis e teve como principal investigado o empresário Antônio Vicente Eufrásio Peixoto, marido da atual prefeita do Município.